2008/09/09

Google Chrome OS

Anda muita confusão por aí, e se todos nós sabemos que num condomínio com meia dúzia de pessoas é bastante provável que tenhamos que aturar um "cromo", é fácil fazer as contas a todos os que andam por aí na Internet.

Atenção - não é minha intenção insultar ninguém - apenas acho que as pessoas deviam saber ouvir e discutir antes de começarem a disparatar a torto e a direito.

Bem, por esta altura já estão todos: "Anda lá, fala mas é do assunto principal!"

A questão é toda a baralhação que tem havido com o facto de o Google Chrome implementar algumas técnicas semelhantes às que um sistema operativo usa para gerir os seus processos.

Daí a dizer-se que o Chrome iria matar o Windows, foi um passo. E claro, outros houve que começaram logo a desbobinar sobre a estupidez que isso era.

Pessoalmente, há muito que tenho dito que a tendência -a longo prazo- é mesmo a evolução no sentido de ser tudo web-based (o que é muito bastante diferente de dizer que isso acontecerá já no próximo ano.)
Aliás, vejam-se o caso dos "netbooks" - alguns dos quais oferecem espaço de armazenamento online na Web para colmatar o seu reduzido espaço em disco local.
Não me assusta pensar que um dia, os computadores sejam vendido com esse espaço "virtual" como parte das características: "Compre já: Intel 128 Cores, com 32TB de espaço (online)!"

E nesse sentido tenho que concordar que os conceitos que o Chrome apresenta (mesmo que alguns deles não sejam originais) o aproximam desse objectivo.

Pegando nos exemplos que são mencionados no segundo artigo que mencionei, é referido que a estrutura habitual dos programas no início era esta:


E que mais tarde, com as linguagems interpretadas e compiladas dinamicamente (Java, .Net, etc.) evoluiu para isto:

E depois dá o salto dizendo que a ideia de o Chrome poder ser considerado um OS é estupidez, porque se transformaria nisto:

Ok, percebo que para dar espectáculo até fique bem... e realmente *neste* momento, será esta a única opção para quem quiser exeperimentar o Chrome em ambiente Linux.

No entanto é preciso não esquecer que o Chrome é Open-Source, e que é apenas uma questão de tempo até que possa ser compilado nativamente em Linux - aliás, ele já é compilável, se bem que o resultado não é ainda utilizável.

Assim sendo, deixariam de ser necessárias aquelas layers para dar "show":


Fazendo com que na realidade o resultado final ficasse algo deste género:


O que não assusta ninguém, ao contrário do artigo inflamatório acima mencionado, e é ainda mais atractivo quando consideramos a hipótese de o Chrome poder ser integrado num daqueles ambientes Instant-On como o Splashtop que actualmente tem sido disponibilizados com o Firefox - e isto é algo em que se está a trabalhar *neste momento*, não é apenas imaginação minha e "wishful thinking."

É isto a que me refiro quando falo sobre um browser poder vir a tornar-se um "sistema operativo."

6 comentários:

  1. Quando o Bruno Miguel me indicou o "source" tratei logo da transferência para a minha máquina. Logo no 1º momento tive a nítida sensação que andava por ali muita coisa - quase 500 MB!
    Depois de "untar" o bicho tive a certeza absoluta que andava mesmo por ali muita coisa a mais. Com que intenção?
    A princípio não percebi lá muito bem mas quando comecei a ver imensos .dll a correr no meu terminal a minha reacção foi - mas que raio é isto?
    Quando comecei a compilar o Chromix e vi até onde aquilo me iria levar a primeira reacção foi exclamar, para a mailing list do Planet Geek - isto não é browser mas sim um Sistema Operativo!
    Foi um pouco em jeito de brincadeira mas por essa altura ainda ninguém, neste mundo virtual, tinha aventado essa hipótese ou se alguém o tivesse feito ainda não tinha lido em qualquer parte algo acerca disto.
    Em abono da verdade, no dia seguinte começaram a aparecer vários posts sobre o Chrome ser efectivamente um SO e não um mero browser. Pelo meu lado ainda ando a queimar os meus neurónios a explorar o Chromix e ainda não cheguei a uma conclusão mas posso-te dizer que cada vez estou mais convencido que no meio daquele código se encontra muita coisa indicativa de um perfeito SO para a "cloud".
    Como já mencionei no meu blog, parece-me que existiu alguma pressa e que o timing não foi o pretendido, talvez fruto do descuido do tal funcionário, senão...

    Vamos lá ver o que os próximos tempos mostrarão.

    @braço.

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  2. Anónimo9/9/08 23:52

    Pfhfuf! OS my ass! :oP

    Eu não vi código fonte nenhum (e também não vou ver) mas quando vi algumas das páginas da BD de apresentação imaginei logo como estariam a fazer, tecnicamente a "separação maravilhosa de recursos entre as várias tabs em que todos têm uma cópia das estruturas de memória do processo principal e por isso oferecem mais segurança e permitem 'estancar' os recursos de melhor forma": fork() + dup() :oP

    Quanto a fazer a gestão dos recursos como um SO, sem dúvida que o faz se em vez de usar threads utilizar forks() para cada uma das tabs! :D

    De facto, até podem dizer que assim estão a dar uso aos processadores multicore que "todos nós" temos hoje em dia! ;oP

    É claro que isto é tudo especulação da minha parte MAS a verdade é que é muito comum as empresas anunciarem coisas maravilhosas com o que têm e não têm! :oP

    Hugz,
    Luís

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  3. O meu PC "pessoal" infelizmente ainda faz as coisas todas umas a seguir às outras - single core no seu melhor.

    Mas o PC de "trabalho", com o seu quad-core demonstra bem que tenho que fazer um upgrade em casa.
    (Mas acho que vou esperar pelos Nehelem com as suas 8 threads de execução... :)

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  4. Estou muito satisfeito com os Quadcore e suporte a VT da Intel!

    Finalmente posso usar vários SOs na mesma máquina sem ela "se engasgar" (é claro que ajuda muito ter um disco dedicado só para elas)! ;o)

    É muito comum ter cá em casa 2 VMs com win2k8, 2 VMs com win2k3 e uma ou duas com Linux para simular clusters e bule tudo que é um espectáculo!!! ;o))

    Hugz,
    Luís

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  5. É o futuro, é o futuro.... :)

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